“Uma ponte longe demais…” (A Bridge Too Far – Filme – 1977)
Primeiramente neste post, estaremos detalhando as condições do trecho entre Corrientes a Salta na Argentina, em nossa viagem de carro ao Atacama. Com destaque para a ponte Manuel Belgrano, divisa entre as províncias de Corrientes e Chaco.
Apresentaremos não só informações sobre as condições das estradas, como também dicas de alimentação e hospedagem, além de mapas de acesso às atrações para você utilizar em seu GPS.
Antes de prosseguirmos em nossa jornada, recomendo a leitura prévia do post Atacama de carro: Retas intermináveis no trecho Foz do Iguaçu a Corrientes com todos os detalhes da nossa chegada até aqui.
Que bom que continuamos juntos! Aperte seu cinto e vamos em frente.
I. Quais são as características do trecho Corrientes – Salta?
Inicialmente resolvemos sair bem cedo de Corrientes neste dia, não só pela longa distância a ser percorrida, como também para evitarmos chegar à noite em Salta, maior cidade do noroeste da Argentina.
Assim retornamos à rodovia RN12, onde cruzaríamos a imponente ponte Manuel Belgrano, divisa entre as províncias de Corrientes e Chaco. Antes de mais nada, deve-se tomar muito cuidado na sua travessia, não apenas pela intensidade do trânsito, como também pelo elevado número de radares móveis existentes. Em síntese, não ultrapasse a velocidade máxima de 40 km/h na travessia.
Ainda mais, a ponte possui 2.800 m de extensão e 84 m de altura. Desse modo, da orla do Rio Paraná, temos uma imagem belíssima que merece registro.
Inesperadamente a poucos metros do final da ponte, somos surpreendidos por uma estação de pedágio, que torna o trânsito ainda mais lento, exigindo mais da nossa paciência. Todavia agora estávamos na RN16, rodovia que nos levaria até o entroncamento para Salta, onde pegaríamos a RN9.
Para nossa tristeza, as condições da RN16 são muito piores do que a RN12, com poucos trechos duplicados e muitas obras na pista.
Como a RN12 percorrida no trecho anterior, a RN16 apresenta carência não só de postos de abastecimento, como também restaurantes (ou lanchonetes) à margem da estrada. Assim evite andar com o combustível abaixo da metade do tanque, sob pena de experimentar uma pane seca.
A maior surpresa que tivemos dirigindo no trecho veio no KM 399 da RN16. O bom asfalto que tínhamos até ali foi substituído por uma quantidade imensa de buracos que se estendia por toda a rodovia inclusive no acostamento. Foram 100km de puro pesadelo, com a máxima não passando de 40km/h e o perigo constante de ou termos um pneu furado ou um para-brisa quebrado.
Para completar, éramos surpreendidos a todo o momento, ora pelo fato dos carros trafegarem na contramão para fugir das crateras da pista, ora pelos animais que insistiam em atravessar a pista.
Outro problema ocorrido é que, pela estrada atravessar uma região de charcos (ou pântanos), o número de insetos voadores é alarmante. Como consequência a visibilidade fica prejudicada devido a sujeira no para brisas. Acima de tudo, não tente limpar borrifando água e usando as palhetas do limpador, pois o resultado é catastrófico. Aguarde chegar a um posto de combustível para lavar o vidro e os faróis. O problema é tão sério que os carros que trafegam com frequência na região, se utilizam de uma tela colocada à frente do veículo para impedir a entrada de insetos no interior do motor. Por isso tenha calma.
Com toda certeza, este trecho entre Corrientes e Salta foi o mais estressante de nossa viagem de carro ao Atacama até o momento.
II. A chegada em Salta. Onde se hospedar?
Faltando 155km para Salta, saímos da RN16 e pegamos a RN9 que cruza todo o norte e noroeste da Argentina. Nesse meio tempo, o trânsito se tornou mais intenso principalmente pelo maior número de caminhões na rodovia.
Finalmente chegamos em Salta, extenuados pelas condições da viagem em si. Assim para pernoite escolhemos o charmoso Las Moras Hotel, localizado na vila San Lorenzo, uma pequena cidade turística de serra ao lado de Salta. Como já dito em posts anteriores, não fizemos reservas antecipadas do hotel, optando por negociar o valor da diária localmente, conforme preços levantados no site do Tripadvisor.
Desse modo concluímos esta etapa da nossa viagem de carro ao Deserto de Atacama, com as condições do trecho entre Corrientes e Salta. Continuamos viagem no próximo post Atacama de carro: Travessia do Paso Jama no trecho Purmamarca – San Pedro Atacama
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