“Neblina
Fumaça de água cobrindo a água da lagoa…” (Marijo)
Neste post de nossa viagem de carro ao Atacama, descreveremos nosso retorno à Argentina através do Paso San Francisco. Assim cruzaremos a fronteira Chile – Argentina com destino à Fiambalá na Argentina.
Percorreremos um total de 557km de Bahia Inglesa, no Chile, até Fiambalá, na Argentina. Foram 11 dias de passeios no Chile que ficarão na saudade. Mas agora está na hora de voltar para casa.
Este trecho tem como principal atração as Termas de Fiambalá. Semelhantemente às Termas de Puritama, há uma gama de temperaturas de água para todos os gostos.
Situadas a 15 km a leste nas montanhas de Fiambalá, essas fontes termais emergem da rocha e descem em cascata pela encosta da montanha em uma série de piscinas: na mais alta, a temperatura da água é cerca de 40°C; as mais frias ficam abaixo. As vistas sobre o vale do deserto são épicas.
Além disso, conheceremos a Laguna verde. A Laguna Verde é um lago salgado na Cordilheira dos Andes na região do Atacama, Chile a 4350 metros de altura. Possui águas esmeraldas e está localizada próxima à fronteira entre Chile e Argentina.
I. Quais são as principais características do trecho Bahia Inglesa a Fiambalá?
II. Como chegar a Laguna Verde?
Inicialmente iremos até Copiapó, distante 75 km de Bahia Inglesa. Nesse sentido, pegamos a C-360 em direção ao cruzamento com a Ruta 5 e daí até Copiapó. Além disso, existe um único posto de pedágio no trecho, no valor de CLP$ 2.500,00.
Acima de tudo, recomenda-se abastecer o veículo em Copiapó. O motivo: inexistência de postos deste local até Fiambalá.
Em seguida pegamos a Ruta 31 que nos levará nos próximos 260 km até a Laguna verde. Apesar de asfaltada em sua maior parte, ela apresenta longos trechos em rípio.
Inesperadamente, próximo ao parque nacional Tres Cruces, enfrentamos uma breve nevasca a 4.500m de altitude. Assim, a pista ficou mais escorregadia, com piora da visibilidade. Então foi necessário diminuir bastante a velocidade do veículo o que nos atrasou para chegada à Laguna verde.
Em seguida, passamos pelo Salar de Maricunga, mais um dos Salares que conhecemos no Atacama.
Finalmente chegamos à Laguna Verde, localizada à 4.200 metros acima do nível do mar. Sua água, salobra e de cor esmeralda, é originária do degelo nas montanhas e vulcões em seu entorno. Fomos surpreendidos com um vento forte no local que chegava a balançar nosso veículo. Assim não tivemos como tirar fotos próximo à Laguna.
III. O que é necessário fazer antes de cruzar a fronteira Chile-Argentina?
Antes de mais nada, faça um último check-list dos itens obrigatórios exigidos no Chile e Argentina.
Assim, deve-se verificar:
Lado Chileno:
Documentos do motorista e veículo. Além disso, a Tarjeta Migratória (PDI) e documento Salida y Admision Temporal de Vehiculos
Lado Argentino:
Documentos do motorista e veículo: Seguro Carta Verde, identidade ou passaporte, CNH, e DPVAT;
Equipamento obrigatório do veículo: triângulo reserva, extintor de incêndio;
Posse de alimentos proibidos – por exemplo derivados de leite e carne;
Veículo abastecido – devido a existência de poucos postos de abastecimento na estrada;
Compra de pesos argentinos – não é obrigatório pois a RN60 não é pedagiada até Fiambalá.
IV. Como são os procedimentos na fronteira Chile – Argentina??
Diferente do que ocorreu quando viemos pelo Paso de Jama. Com efeito, os postos de controle entre os países ficam em prédios separados, distantes 3km um do outro. Em primeiro lugar, somos parados no posto fronteiriço do lado chileno.
Neste momento, apresentamos os documentos pessoais e do veículo para fiscalização. Além destes, a Tarjeta Migratória (PDI) e o documento Salida y Admision Temporal de Vehiculos.
Após sermos liberados, seguimos já em terras argentinas. Serão mais 3 km até o Paso San Francisco, onde fica o posto de fronteira.
Em seguida, recebemos novos documentos a serem apresentados quando da nossa saída do país. Não só a Tarjeta Migratória Argentina como também um documento da aduana registrando o veículo. No entanto, nenhum deles foi emitido quando entramos na Argentina a partir de Foz do Iguaçu.
V. O que esperar da RN60 do Paso San Francisco até Fiambalá?
Assim que terminou os trâmites burocráticos, pegamos a RN60 com destino à Fiambalá. Em suma, seriam mais 200 km em uma rodovia bem conservada e sinuosa, mas sem postos de abastecimento. Além disso não observamos postos policiais e de pedágio. A saber, o limite de velocidade na rodovia é de 100 km/h.
VI. A chegada em Fiambalá. Onde se hospedar?
Finalmente chegamos no meio da tarde em Fiambalá. Como estava em baixa temporada, a maioria das pousadas encontravam-se fechadas. Então escolhemos para pernoite a Hospedaria Las Termas, no centro do povoado.
VI. Como ir as Termas de Fiambalá?
No dia seguinte fomos conhecer as Termas de Fiambalá, localizadas à 15 Km da localidade, através da RP156.
Em resumo, é um complexo de águas termais terapêuticas, com 14 piscinas entre 28º e 51º. O valor da entrada é de ARS$ 450,00 por pessoa. A infraestrutura do local é muito boa. Não só possui bar com restaurante, como também vestiários e chuveiros.
Com esse local de extrema beleza, concluímos esta fase da nossa viagem de carro ao Atacama.
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